9º ano recebe o Balé Fareta Sidibé

21 de novembro de 2018


No 4º bimestre, os alunos do 9º ano se envolveram no projeto Poéticas da Imigração, que abrange as disciplinas de Geografia e Língua Portuguesa. Trata-se de um projeto interdisciplinar que visa não só criar condições para que os estudantes desenvolvam e aprimorem habilidades essenciais das práticas de pesquisa e de trabalho em grupo, mas também agucem o olhar crítico para um tema tão latente em nossos tempos: as migrações internacionais.

Os deslocamentos humanos a que chamamos migração estão no cerne da formação de diversas nações, bem como na configuração e na reconfiguração de fronteiras. Por meio dos noticiários e de pesquisas, nossos alunos e alunas têm se aproximado dessa questão da contemporaneidade.

Nesse sentido, consideramos que uma aproximação do tema pela linguagem poética, além de despertar a possibilidade de trabalho de diferentes conteúdos conceituais e procedimentais, poderá contribuir para a construção de uma visão mais crítica e sensível da questão.

Com o objetivo de promover e ampliar o debate, o 9º ano recebeu o Balé Fareta Sidibé para uma apresentação de dança, música e roda de conversa com seus integrantes.

O grupo é formado por dançarinos e músicos percursionistas, a maioria guineenses, e tem como proposta apresentar a música e a dança, tão representativos da cultura da República da Guiné, em que o cotidiano das aldeias se transforma em dança para celebrar a vida, momentos importantes como nascimentos, casamentos, plantio e colheita.

Seu fundador, Aboubacar Sidibé, mora no Brasil há seis anos. Em seu país, ele era um dançarino habilitado a ensinar vinte ritmos guineanos diferentes. Com um grupo de imigrantes, formou o Centro de Estudos da Cultura da Guiné, na região da Liberdade, que serve como moradia e local de ensaio para os dançarinos e músicos.

Numa grande roda de conversa, nossos alunos e alunas puderam entrevistar os integrantes do grupo sobre os motivos de sua vinda ao Brasil, as principais dificuldades enfrentadas, as diferenças e similaridades culturais entre sua terra natal e a nossa. Os depoimentos deram concretude aos conhecimentos que nossos estudantes já tinham: as informações, antes lidas e discutidas em sala de aula, agora tinham um rosto e faziam parte de histórias de vida tão próximas.

Para o encerramento das apresentações, as turmas do 9º ano foram convidadas a participar da dança final − experiência marcada por ritmo, movimento e emoção.