Somos todos migrantes: migrações e refúgios no Brasil e no mundo
16 de dezembro de 2016
No decorrer das discussões realizadas no curso de Geografia do 9º ano, os alunos se depararam com importantes momentos de reflexão e debate sobre as contradições existentes no processo de globalização. Para compreensão dessas contradições, abordamos e aprofundamos a dimensão político-social do período atual, versando sobre as preocupações, principalmente, no campo das migrações internacionais.
Este tema se destaca atualmente: ao abrirmos os jornais todos os dias, nós nos deparamos com notícias que envolvem a circulação cada vez maior de pessoas pelo mundo em um contexto de fechamento e rígido controle das fronteiras, principalmente nos territórios da União Europeia.
Vale pontuar que a posição do Brasil também se destaca no campo das migrações internacionais, principalmente latino-americanas. Nosso país é visto como um território atrativo aos migrantes ou refugiados que buscam reconstruir suas vidas em um novo lugar.
Envolvidos e sensibilizados, nossos alunos do 9º ano, durante todo o percurso de aprendizagem, indagaram a si mesmos sobre as múltiplas trajetórias de vida desses sujeitos migrantes: quais seriam os principais locais de saída e destino? Eles sempre saem pelas mesmas razões de deslocamento? Seriam, hoje, as fronteiras do mundo redesenhadas em um período de grande ascensão de ataques aos que são de fora? Quais são as políticas mundiais e, sobretudo, nacionais para acolhimento e inserção do migrante em sua nova sociedade?
Com o intuito de ampliar o arcabouço cultural e acadêmico dos alunos, convidamos Juliana Tubini, Assessora de Coordenação de Políticas para Migrantes da Prefeitura de São Paulo, e Viviana Peña, Coordenadora do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes, para uma palestra na qual foram abordadas e problematizadas as múltiplas questões discutidas ao longo do curso.
Os alunos, após a manhã de trocas e conversas enriquecedoras, problematizaram a questão posta pelas palestrantes: “Se migrar é um direito, algum ser humano é ilegal?” Questionamento este importante para um novo olhar a essas questões contemporâneas que pedem, cada vez mais, uma reflexão crítica cotidiana.