Muito além da tomada
2 de agosto de 2016
Como conciliar a demanda por obtenção de energia e o desenvolvimento socioambiental? Essa é uma pergunta complexa, mas a sociedade moderna, com um modelo de vida claramente dependente da eletricidade, não pode se furtar a refletir sobre ela.
Cientes dessa questão-problema, nossos alunos do 9º ano foram a campo investigar mais a fundo práticas e locais envolvidos no processo de geração de energia elétrica.
Inicialmente, a pesquisa se deu na região de Barra Bonita, no interior de São Paulo, onde os estudantes puderam visitar espaços como a Usina Sucroalcooleira Rio Pardo, uma fábrica de placas solares e o Sítio Beira-Serra, que estuda e desenvolve práticas sustentáveis. Os alunos puderam, também, conhecer o centro comercial da cidade, investigando sobre como a usina hidrelétrica de Barra Bonita se relaciona com a dinâmica comercial da região.
Mais do que coletar dados em cada visita, os estudantes foram estimulados a buscar as próprias informações, registrar suas percepções, elaborar questionamentos, esquematizar ideias e relacioná-las ao próprio cotidiano.
Um segundo momento desse estudo ocorreu em junho, numa visita, em Sorocaba, à fábrica Tecsis, que produz pás para turbinas eólicas. Houve, assim, a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre a energia eólica, considerada uma alternativa limpa para a geração de eletricidade.
Estimular uma percepção mais crítica e, ao mesmo tempo, mais sensível da realidade que nos cerca é algo que estudos de campo como este certamente podem propiciar.
Em breve, os alunos organizarão infográficos para comunicar suas conclusões à comunidade escolar. Mais do que trabalhos para nota, entretanto, tratar-se-á de uma exposição cuja finalidade será permitir aos visitantes a mesma reflexão que os alunos se colocaram nesses meses de pesquisa. Uma reflexão, aliás, de suma importância, para que não nos esqueçamos de que a energia elétrica e sua geração constituem uma problemática que vai muito além da tomada.