Administração Pública na FGV
3 de maio de 2017
A seguir, ex-alunos da Móbile nos contam sobre sua experiência universitária.
Administração Pública na FGV
Christopher Loureiro Kapáz
Confesso que o espaço físico da Fundação Getulio Vargas (FGV) não é o que eu desejava quando prestei o vestibular. Meu sonho era estudar em uma universidade que tivesse um campus gigante, como o da USP e de outras universidades norte-americanas que eu tanto via nos filmes. No entanto, passei em Administração Pública (AP) na FGV e o meu amor pelo curso me fez superar a frustração de estudar em uma faculdade sem campus.
A FGV de São Paulo é dividida em três escolas: a Escola de Economia de São Paulo (EESP), a Escola de Direito de São Paulo (EDESP) e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). A Administração Pública, junto com a de Empresas, faz parte da EAESP. Pois é, o nome do nosso curso não é contemplado no nome da nossa escola, mesmo que os alunos façam pressão para que isso mude. A justificativa da GV é que o nome EAESP já está consolidado no mercado e que não vale a pena mudá-lo… Mas enfim, cada escola tem um prédio, sendo todos eles bem próximos uns dos outros, apesar de não haver qualquer ligação entre eles.
O maior dos prédios é o da EAESP, que tem duas entradas, uma na Avenida Nove de Julho e outra na Rua Itapeva. Ele tem uma área relativamente grande de ar livre, mas os alunos só usufruem de uma pequena parte dela, já que a maior parte é o estacionamento dos professores. Como vocês já devem ter notado, eu fico muito frustrado com isso, tanto que montei um grupo de alunos para apresentar uma proposta para a GV de mudar essa área do estacionamento para que seja de uso dos alunos.
Os alunos de AP têm aula em um só andar e, como só entra uma turma por semestre, há bastante interação entre as turmas. Já com os outros cursos a interação é bem menor. Só os alunos de Administração de Empresas (AE) têm aulas no mesmo prédio que a gente, então o contato fica mais restrito a eles, mas, mesmo assim, não existe tanta interação. Nos jogos esportivos, eles adoram gritar “AP não é GV”, então dá para ter uma noção de que há certa rixa.
Apesar de tudo isso, existem lugares em que é possível manter mais contato com alunos de outras turmas e outros cursos, que são as entidades estudantis. Para quem não sabe, elas são grupos que os estudantes formam para determinado fim. Há as consultorias (de empresas, da área de recursos humanos ou do 1º e 3º setores), a Empresa Júnior, a Atlética, o Diretório Acadêmico, a AIESEC, o Cursinho Popular da GV, a ITCP (que é uma incubadora de cooperativas da qual faço parte) e várias outras para todos os gostos. Participar de uma entidade é muito bom não só por você conhecer outras pessoas, mas também porque as entidades são uma ótima oportunidade para ter a experiência prática de algo.
Sobre o porquê de eu estar amando o curso de AP. Primeiro e mais importante, pela grade curricular, cujas matérias abrangem uma diversidade de conteúdos como Ciência Política, Estrutura do Estado Brasileiro, Formação do Brasil Contemporâneo, Desenvolvimento/Economia, Instituições Públicas e Instrumentos de Gestão Pública, Governança Internacional e Gestão e Políticas Públicas Subnacionais. Em segundo lugar, pelas três imersões, que são viagens ao longo do curso para analisar na prática determinada política ou gestão pública. Há a Imersão Federal, que dura uma semana e é em Brasília, a Imersão Local, que dura nove dias e é em algum pequeno município do Brasil, e a Conexão Sul-Sul, que dura quarenta dias e é em algum outro país do hemisfério sul. Há vários outros motivos para eu gostar tanto do meu curso. Por tudo isso, tenho a certeza de que sairei da faculdade não só um profissional melhor, mas também uma pessoa mais humana e sensível à realidade.