Administração Pública na FGV

3 de maio de 2017


A seguir, ex-alunos da Móbile nos contam sobre sua experiência universitária.

Administração Pública na FGV
Gabriela Dicker Garini
Formanda de 2016

Estar no 3º ano do Ensino Médio não é nada fácil, ainda mais quando não se sabe qual é o curso que você vai prestar no vestibular. Assim foi o meu 1º semestre de 2016, momento em que me deparei com grandes dúvidas quanto à minha escolha profissional. Por conta disso, recorri ao grupo de Orientação Profissional na Móbile, ferramenta de grande apoio para minha escolha e para o momento de término do ciclo escolar.

Tínhamos reuniões uma vez por semana, em encontros nos quais tive a oportunidade de conversar com meus colegas de forma a perceber suas angústias e medos quanto a sair da escola e começar um curso que, teoricamente, guiaria o resto de suas vidas. Essa característica de OP foi muito importante para o momento delicado pelo qual meus colegas e eu estávamos passando; compartilhávamos nossas aflições com um grupo que não o de amigos com o qual estávamos acostumados a conviver. Nós nos formamos como uma turma de apoio que, por algumas horas da semana, deixava a pressão de lado, refletia sobre o que estávamos vivendo e o sentido de sair da escola e já entrar em uma universidade e os distintos caminhos que poderíamos tomar.

As atividades de reflexão e pesquisa individuais que a área de OP propôs foram bastante relevantes e me fizeram eliminar algumas das opções que tinha. Conversei com alunos dos possíveis cursos, fui atrás das matrizes curriculares e refleti sobre como eu me via (ou não) nos diversos ambientes universitários e em cada curso que tinha em mente (que não eram poucos, rs). Um aspecto muito interessante do grupo de OP é que é uma atividade grupal em que todos acabam fazendo parte do processo de escolha de todos, além do acompanhamento do coordenador do 3º ano, Blaidi, e dos assistentes da coordenação, Vini e Mari, no meu ano. Eles apostam na autonomia de cada aluno para que ponderem sobre suas atividades e vão atrás do que é preciso no momento de escolha.

Além de OP, a Móbile ofereceu encontros e conversas com profissionais e estudantes de várias áreas, e foi em um desses encontros que entrei em contato com o curso que escolhi: Administração Pública na FGV. Esses momentos foram muito importantes, pois ouvir relatos de como é o mercado de trabalho, o curso no dia a dia e os possíveis caminhos que podem ser seguidos a partir de uma faculdade é muito importante para que se tenha uma noção mais clara de um curso que pode (ou não) estar sendo idealizado. A troca de experiências é muito rica nesse sentido. Em várias mesas de conversas eu me identifiquei e em outras eu claramente vi que minha ideia sobre o que eu pensava antes era completamente fora da realidade e que não tinha nada a ver com um curso. Em outras vezes, como foi o caso de AP, meus olhos foram abertos para algo que eu não tinha noção do que seria.

Tenho que dizer, ainda, que escolher o curso que vamos fazer na faculdade não é tarefa fácil e, mesmo que eu esteja em um curso que acho que é “o certo”, posso mudar de ideia ao longo do percurso, ou ir trilhando-o da minha forma, seja com matérias eletivas, seja com pós-graduação, intercâmbios e outros. O curso da faculdade não se resume somente ao que será estudado lá; se resume à experiência universitária de cada pessoa. Acho que o ponto principal da escolha profissional, no final das contas, é: temos que tentar entender as nossas aptidões e desejos e encontrar algo que gostamos de fazer e estudar, porque, em minha opinião, nada vale estar em um curso ou em uma faculdade conceituada se não encontramos um objetivo que nos traz felicidade por trás.