Os horrores de um campo de extermínio
22 de agosto de 2019
Na semana de retorno às aulas, os alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio assistiram ao filme Sobibor, baseado na história real da fuga de prisioneiros de um campo de concentração nazista situado na Polônia, próximo à União Soviética. Foi um dos inúmeros campos criados na região durante a Segunda Guerra Mundial e, como tantos outros, abrigava judeus, comunistas e outras minorias perseguidas à época pelos nazistas.
Após a exibição do filme, os alunos discutiram os aspectos técnicos da obra e, principalmente, as escolhas do diretor, ao representar de forma complexa os oficiais nazistas e os prisioneiros. Ressaltou-se o cotidiano de profundo desespero e incerteza que marcava a vida daqueles que sobreviviam à câmara de gás, ao fuzilamento, à fome e à doença. Algumas cenas escancaram o sadismo dos oficiais diante da dor e do sofrimento dos prisioneiros, além de evidenciar o aspecto aleatório da morte.
Um dos grandes méritos de Sobibor foi destacar o colaboracionismo com o nazismo. Para sobreviver, algumas pessoas recorriam à delação e à aproximação com os oficiais do regime, por exemplo. Os créditos finais do filme informam que um pouco mais de 300 pessoas conseguiram fugir daquele local, mas a maioria foi aprisionada por pessoas que moravam nas proximidades do campo e acabou entregue aos nazistas. Apenas 50 pessoas sobreviveram.
O debate foi prolongado pelos alunos na tentativa de identificar os elementos decisivos para que a fuga dos prisioneiros fosse bem-sucedida. Eles retomaram um importante dilema que atravessa o filme e a história humana: o que o ser humano é capaz de fazer para sobreviver? A resignação é mais fácil que a luta? Obedecer aos algozes garante a sobrevivência?