Museus da Europa e os espólios de guerra
5 de novembro de 2020
Como parte das atividades da Agenda Cultural de 2020, as professoras de História Márcia e Denise reuniram-se com alunos do 3º ano para conversar sobre o processo de formação dos acervos de alguns museus europeus.
A atividade iniciou-se com a aplicação de um questionário, que permitiu às professoras sondar os participantes acerca dos museus que já visitaram, do entendimento sobre o conceito de museu histórico-cultural e da postura que geralmente adotam ao visitar um museu desse tipo. Constatou-se que, por exemplo, muitos alunos já haviam visitado o Louvre, em Paris, museu que tem a maior coleção de arte egípcia do mundo. Diante disso, a pergunta “E qual a origem dessa coleção?” surgiu como um dos disparadores usados para envolver a plateia numa discussão que é cada vez mais presente entre administradores de museus da Europa e os governos de países colonizados: a repatriação de artefatos históricos para os países de origem.
Durante a palestra, as professoras percorreram momentos do imperialismo europeu, entre o final do século XVIII e meados do século XX, para explicar o processo de espoliação das riquezas dos povos dominados, sobretudo dos africanos. Alguns estudos de caso foram abordados, como a reivindicação dos nigerianos pela devolução de centenas de peças de bronze tiradas do antigo reino do Benim no final do século XIX e que estão em exposição em vários museus europeus, principalmente no Museu Britânico. Tratou-se também da polêmica entre gregos e britânicos a respeito da devolução dos frisos do Parthenon, que também estão em exposição nesse museu.
O objetivo da palestra foi aprofundar a discussão com os alunos do 3º ano para que possam adotar uma postura crítica em relação à disponibilidade das peças e à composição dos acervos dos museus, particularmente, dos europeus.