Alunos do Ensino Médio realizam o VI MobMUN

15 de dezembro de 2020


Na sexta edição do MobMUN, realizada entre os dias 30 de novembro e 04 de dezembro de maneira virtual, a Comissão de Debates convidou os alunos do Ensino Médio para realizar uma simulação histórica de eventos relativos à Guerra dos Sete Anos. Esse é um dos maiores conflitos da história humana, sendo por muitos considerado a “Guerra Mundial Zero”, por ter ocorrido em todos os continentes com exceção da Oceania. A guerra teve início com uma disputa colonial entre França e Inglaterra na América do Norte, mas logo se expandiu para a Europa. Entre suas consequências, pode-se mencionar a Guerra de Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a colonização britânica da Índia. Desse modo, evidencia-se a sua relevância para toda a história posterior ao evento, e por isso a comissão optou por usá-lo como base para o debate.

Como o Debatendo já havia sido feito, em junho, no modelo virtual, a transposição para esse sistema foi facilitada. Quinze alunos e ex-alunos participaram representando países, enquanto seis participaram como mesa, dirigindo o debate. Para divulgar o evento, após concluir a preparação interna, a Comissão de Debates passou por todas as salas do Ensino Médio. Isso foi feito com mais de duas semanas de antecedência a fim de que os alunos pudessem se inscrever e se preparar. As inscrições foram feitas em duplas, sendo que os dois integrantes de cada uma delas representariam um único país e se dividiriam nas funções de general e diplomata. Enquanto, em uma sala, os diplomatas realizaram debates para acordos como alianças e tratados de paz, os generais, em outra, elaboravam planos bélicos. No início de cada dia, a mesa informava aos participantes os resultados das ações do dia anterior.

Para poder se preparar, todos os participantes receberam da comissão organizadora um material de apoio, contando com um guia de regras e procedimentos sobre o funcionamento do debate, um documento com a contextualização geral do conflito e textos específicos sobre os objetivos de cada nação. Também se incentivou que os alunos realizassem pesquisas próprias. Eles também foram encarregados de escrever um Documento de Posicionamento Oficial (DPO), em que explicitavam como a nação se posicionava em relação ao tema. Assim, quando o comitê começou, todos já estavam prontos e conheciam tudo o que precisavam.

A função de um comitê como esse, histórico, é não só permitir aos alunos ganhar experiência em debate e aumentar seus conhecimentos sobre os assuntos trabalhados, mas também dar a eles a possibilidade de criar um futuro alternativo, visto que suas ações podem mudar o rumo da história. Esse é um grande atrativo de um comitê nesse modelo.

Ao longo de todo o debate, houve também a presença da imprensa, formada por alunos. Ela tinha como função atualizar em tempo real uma conta do Instagram, escrevendo notícias e reportagens, e gravando entrevistas sobre o que ocorria na assembleia. O material pode ser consultado em @imprensa.debates.

O resultado foi a feitura de um acordo definitivo de paz, que oficialmente encerrava o conflito e garantia o retorno do convívio pacífico entre as nações participantes. Todos os envolvidos na guerra precisavam se posicionar a respeito do documento e assiná-lo, se fosse do interesse de seu país.

Terminada a simulação, os alunos receberam uma devolutiva de seu desempenho, incluindo a distribuição de três menções honrosas e duas menções orais para aqueles que se destacaram durante o debate, tanto pela participação quanto pela qualidade da argumentação. Houve também a avaliação individual de cada DPO, cuja nota foi entregue a cada país, e também de aspectos como a coerência e a oratória dos discursos de cada um.

Júlio Escolastico Siniscalchi

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