Brinquedos eletrônicos
10 de novembro de 2016
Os alunos do curso de Física Eletiva do 3º ano do Ensino Médio puderam aplicar os conceitos de eletricidade em um projeto pedagógico que se desenrolou ao longo do segundo semestre de 2016. O objetivo final era construir brinquedos utilizando circuitos elétricos desenvolvidos pelos próprios alunos e apresentar o resultado diretamente às crianças do Infantil 5.
Na semana da criança, os terceiranistas levaram seus brinquedos para as salas de aula da Educação Infantil para que pudessem brincar com os pequenos. Entre as peças construídas, havia carrinhos de controle remoto (um deles comandado por celular), tiro ao alvo usando laser, jogos de memória similares ao famoso brinquedo Genius, lava-rápido e autorama.
Foi interessante presenciar a interação entre alunos que estão passando por processos de transição distintos. Os adolescentes do 3º ano encerram suas atividades na Móbile para ingressarem no Ensino Superior. Já as crianças do Infantil 5 começarão seus estudos no Ensino Fundamental I no próximo ano. Apesar da diferença de idade, a integração entre os alunos foi intensa, e todos puderam brincar juntos.
“Foi emocionante ver funcionar [o brinquedo] porque, quando está no papel, a gente acha que nunca vai dar certo. E, aí, apresentar para as crianças, vê-las jogando e ver o brinquedo funcionando é bem positivo”, afirma a aluna Yasmin Abud. Sobre os alunos-jogadores, ela completa: “Quando começaram a jogar e viram que era difícil, começaram a se empolgar e a desafiar umas às outras.”
Conhecimento de Programação. A maioria dos grupos do curso da eletiva de Física construíram seus brinquedos utilizando um microcontrolador e o software livre Arduíno. Para isso, foi preciso que se aventurassem no universo da Programação, pouco conhecido por eles. Como nem todos haviam feito cursos prévios de Robótica (alguns escolheram em anos anteriores as disciplinas eletivas de Robótica 1 e 2), livros e vídeos recomendados pelos professores auxiliaram nesse processo. Segundo o aluno Felipe Melhado, “Como nenhum dos nossos integrantes do grupo tinha conhecimento de programação, precisamos nos guiar pela lógica”. Alguns grupos até foram mais longe, realizando cursos de férias em instituições como a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Apesar do auxílio dos professores e monitores da área de Ciências e Matemática, grande parte desse conhecimento foi adquirida de forma autônoma pelos alunos, vivenciando um pouco do que encontrarão futuramente nas universidades em que ingressarão. A aluna Paula Sampaio confirma: “Ter muita autonomia para fazer [o projeto] foi algo muito demandado no 3º ano e muito importante para nossa formação.”
Gabriel Amorim é professor de Física do Ensino Médio.