Como vai nossa convivência?

22 de março de 2010


Acordar como queremos viver e qual o papel de cada um nesse contrato deve ocorrer no dia a dia, mas iniciar o ano tratando dessas questões foi uma tarefa que o 8º ano assumiu durante todo o 1º semestre.

Com a pergunta “Como vai nossa convivência?”  lançada, começamos a pensar em princípios que regulam a convivência humana. Por isso, trabalhamos com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).

Assistimos aos vídeos que apresentam cada um dos 30 artigos da DUDH. Todos eles podem ser vistos no site http://www.humanrights.com/#/videos. O primeiro foi sobre o artigo 19 – Liberdade de Expressão.

Com outra pergunta, “Quais as relações que podem ser feitas entre a liberdade de expressão e convivência escolar?”, passamos a pensar sobre o tema. Algumas reflexões dos alunos estão registradas a seguir:

“A convivência tem a ver com a liberdade de expressão. Somos quem queremos ser e temos que aprender a conviver com cada um.”

“Essa discussão me fez pensar a respeito dos estilos de vida das pessoas e sobre a convivência entre todos.”

“Todos têm a liberdade de se expressar de algum modo.”

“A relação entre as pessoas depende do que cada uma é, do que cada uma faz.”

“Para todos conviverem bem, precisamos respeitar o direito dos outros de se expressarem de formas diferentes.”

“Todos têm o seu estilo. Isso me faz pensar nas diferenças entre as pessoas e no direito que elas têm de serem diferentes umas das outras.”

“Não é possível ter uma boa convivência com os outros se não houver liberdade de expressão. Você tem o direito de ser o que quer ser.”

“A convivência é ver o ponto de vista do outro, se colocar no lugar do outro e não julgar.”

Logo após a essa primeira discussão, fizemos uma enquete para avaliar a qualidade da nossa convivência. Com o resultado divulgado, levantamos situações vividas ou presenciadas pelos alunos na escola que, no entender deles, dificultam a convivência na escola.

Por fim, mais um desafio: posicionar-se diante de algumas questões. A primeira pedia para os alunos pensarem nas ações que não podem ser toleradas no cotidiano da escola. As turmas responderam deste modo:

Ações que não podem ser toleradas
8º A 8º B 8º C 8º D

Bullying.

Comparação de pessoas de acordo com seus gostos.

Roubo, agressão, intimidação.

Exclusão.

Discriminação.

Falsas acusações.

Provocações.

Desrespeito.

Violação de privacidade.

Bullying.

Desrespeito.

Violência.

Discriminar o outro pela aparência.

Covardia.

Humilhação.

Racismo.

Violação de privacidade.

Apelidos.

Bullying.

Preconceito estético (aparência).

Discriminação.

Injustiça.

Violência.

Brigas.

Exclusão.

Roubo.

Agressão física e psicológica.

Invasão de privacidade.

Humilhação.

Insultos.

Bullying e humilhações.

Julgamentos pela aparência.

Desrespeito e discriminação.

Julgamento e acusações sem provas.

Impedir a liberdade de expressão.

Injustiças.

Invasão de privacidade.

Homofobia, difamação.

Criação de boatos.

Uso indevido da internet.

Em relação à última questão, “Para que a convivência na escola seja saudável, qual é o papel: do indivíduo, do grupo e da escola?”, os alunos se manifestaram assim:

Indivíduo Grupo Escola

 

Refletir sobre os direitos humanos e
se colocar no lugar do outro.

Não incentivar qualquer tipo humilhação e constrangimento.

Ajudar e apoiar quem precisa.

Ele deve ter consciência de seus direitos para poder se defender, deve tomar uma posição diante daqueles que o desrespeitam ou que desrespeitam outra pessoa.

 

Apoiar todos os integrantes do grupo.

O grupo deve aceitar suas diferenças
e agir como um grupo.

Não incentivar ações de desrespeito
(por ex.: não rir).

O papel do grupo é integrar todos e
não incentivar atitudes de exclusão e ridicularização.

Defender aquele que sofreu desrespeito.

Não apoiar aquele que humilha.

Apoiar as pessoas que estão no papel
de vítima e ajudar quem tem uma
atitude desagradável a perdê-la.

 

A escola deve punir o indivíduo que
desrespeita os direitos humanos.

A escola deve ser exemplo de respeito.

A escola deve respeitar todos e estabelecer
uma relação amigável com todos.

Ajudar os alunos que estejam sofrendo desrespeito.

A escola deve conscientizar os alunos e
ajudá-los na resolução dos problemas.

Analisar cada caso com delicadeza.

Jamais ignorar qualquer tipo de bullying.

Dar consciência da gravidade da ação que prejudica o outro.

Alertar os pais de quem sofreu e de quem prejudicou.

Dar opções para a melhora dos  indivíduos envolvidos em problemas.

Ao expressarem suas opiniões e ideias, os alunos constroem no dia a dia da escola princípios e valores que passam a ser compartilhados. São eles que ajudam o grupo a regular sua convivência.