Copa do Mundo e a metafísica do homem comum
26 de junho de 2018
O futebol instiga paixões de todo tipo e cria personagens dos mais diversos: existe o torcedor devoto, o analista estudioso, o crítico ferrenho… Entre todos esses espectros possíveis, existe algo inegável: seja pela nossa aproximação, seja pela negação da relação que cultivamos com o jogo, ele pode nos ajudar a entender mais sobre a nossa personalidade.
Em época de Copa do Mundo, as discussões que cercam o esporte perpassam todas as esferas da vida pública. Entre críticas e elogios, ufanismo e ceticismo, a Copa do Mundo mexe com os nervos e com a cabeça de admiradores e críticos do esporte no mundo inteiro.
Pensando na complexidade desse fenômeno, os professores André Fernandes (Língua e Produção de Texto), Teresa Chaves (História) e Filipe Giuseppe (Geografia) organizaram o evento Copa do Mundo, nações e nacionalismo. A premissa que norteou o encontro foi a tentativa de compreender de que forma o futebol se relaciona com a construção da identidade dos sujeitos e com a construção da ideia de nação. A partir disso, foi possível analisar, de maneira geral, o ato de torcer e a relação disso com as características da sociedade brasileira.
Em uma discussão entre mais de 70 alunos que durou cerca de três horas, foi possível observar o futebol como uma ferramenta válida para potencializar e gerar discussões muito relevantes para o entendimento de algo tão fortemente ligado ao nosso cotidiano. Mais do que refletir sobre o esporte e as implicações que ele traz para a geopolítica mundial, foi uma ótima oportunidade para percebermos como nossas paixões também podem ser uma fonte rica de conhecimento.
André Fernandes é professor de Língua Produção de Texto.