Ensaios antropofágicos: uma revisita à poesia modernista

“Muita coisa tem de ser esquecida quando se deve conservar o essencial.”

(Curtius)

Ensaios literários podem ser desenvolvidos a partir de recursos distintos, que representem a construção ou até mesmo a desconstrução de um texto original. Dentre esses recursos está a noção modernista de antropofagia, que permeou os exercícios de produção poética do 5º ano para esta Mostra Literária.

O Manifesto Antropófago, escrito por Oswald de Andrade em meio às agitações culturais da Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, apresentou à elite paulistana o conceito de antropofagia. Por meio dele, o artista moderno, assim como um guerreiro que devorava o prisioneiro para conseguir suas qualidades, deveria assimilar, digerir e superar a cultura estrangeira para consolidar a independência cultural do Brasil.

O poeta moderno, que criou poesias motivado por esse conceito inovador e simbólico de seu tempo, também foi revisitado, agora em 2012, pelos alunos e está expresso nos ensaios de desconstrução poética de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes e do próprio Oswald de Andrade, expostos na instalação.

Boa leitura!

Clarissa Camilo Mariano
Juliana Camachi Barboza
Luciana Tomiatto de Oliveira

Professoras de Língua Portuguesa
do 5º ano do Ensino Fundamental