Ensaios probabilísticos no 3º ano

3 de março de 2020


O ensino de probabilidade e estatística no Ensino Fundamental tem sido tema de pesquisas e discussões, principalmente nos encontros e congressos relacionados à Educação Matemática. Hoje em dia, sugere-se que, ao longo das séries iniciais, sejam desenvolvidas atividades que apresentem desafios que possam desenvolver uma investigação a respeito de como realizar previsões e pensar na chance de ocorrência de determinado evento.

Os alunos do 3° ano puderam, em aula, tratar a noção de chance numa atividade que se apoiou no repertório matemático do grupo e teve como disparador o conhecimento do sistema de numeração decimal. Quantos números de dois algarismos podemos escrever utilizando os algarismos 3, 4 e 5? Como organizar essa lista de números? Que recursos de organização podem ser acionados para chegarmos ao total de números possíveis, sem desconsiderar nenhum? Se acrescentássemos um algarismo, quantos números seriam formados?

Essas questões foram o ponto de partida para que, em pequenos grupos, os alunos discutissem soluções e as apresentassem para toda a classe. Num segundo momento, a ideia de “sorteio” como um recurso que transita em diversas situações do nosso dia a dia e que, dependendo do objetivo, garante uma justiça em determinas escolhas que fazemos foi colocada em pauta como uma “brincadeira” que envolveu a chance de acertar ou não um palpite.

Todos os 9 números formados foram colocados para sorteio, e cada grupo escolheu um deles como possibilidade de sorteio. O número escolhido pelo grupo foi sorteado? Todos têm a mesma chance de serem sorteados?  Os números de dois algarismos distintos têm mais chance? Qual é a chance de um número ser sorteado ao acaso? Se tirarmos outro número da urna, aumenta a chance de acertar o palpite?

As respostas geraram um debate, considerando diferentes pontos de vista, aspectos positivos para o trabalho investigativo que mobilizaram os alunos num movimento de pensamento, apropriação de linguagem e elaboração de conceitos. Dessa forma, por meio de uma experiência concreta, os alunos se aproximam do pensamento probabilístico.