Festa Día de Muertos

9 de dezembro de 2016


A tradicional festa de Día de Muertos, no México, remonta-nos às civilizações pré-hispânicas, em particular à asteca, e ao sincretismo resultante do encontro de sua cosmovisão com a visão de mundo dos espanhóis a partir do século XVI. Na atualidade, essa celebração ressurge todo dia 2 de novembro com suas marcas ancestrais, seu sincretismo religioso e os traços híbridos de sua vivacidade e permanência no tempo. Em 2003, a festa Día de Muertos foi declarada patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO, reforçando o valor inestimável dessa manifestação cultural mexicana.

A equipe de Espanhol realizou uma série de atividades com o 8º ano, com o intuito de aproximar os alunos da festa, reconhecendo-a como uma expressão cultural e identitária mexicana, mas também concebendo-a como um exercício de reflexão sobre a diversidade e a alteridade – observadas na própria construção da festa ao longo do tempo, mas também no olhar externo a partir da nossa realidade.

Primeiramente, a área de Espanhol desenvolveu com os alunos algumas aproximações, a partir de registros audiovisuais e textos escritos que introduziram alguns aspectos dessa cerimônia: a diferenciação entre Halloween e Día de Muertos, a descrição dos rituais que caracterizam essa festa hoje em dia e um esboço da cosmovisão pré-hispânica sobre a morte.

Após a introdução ao Día de Muertos, os alunos participaram de uma palestra com a professora Adriana Bezerra da Silva sobre essa festividade, na qual puderam se aprofundar sobre suas características ancestrais e atuais. Dessa forma, puderam entender melhor o papel e a simbologia das “calaveras”, da “Santa Muerte” e da “Catrina” na celebração.

Em seguida, assistiram ao filme El libro de la vida, uma animação produzida pelo diretor e escritor Guillermo del Toro e dirigida pelo desenhista mexicano Jorge Gutiérrez. Inspirada no Día de Muertos, a animação se vale de diferentes aspectos dessa manifestação cultural para dar sentido à trama. Por fim, os alunos participaram de uma oficina de maquiagem na qual, a partir de tutoriais selecionados, puderam transformar-se em “Catrinas” e “Catrinos”, como fazem os jovens na época de Día de Muertos no México.

Lorena Menón e Alexandre Fiori
são professores de Espanhol.