A Filosofia conversa sobre V de Vingança
29 de agosto de 2019
Guy Fawkes, revolução, Anonymous, sociedade de controle, ditadura: o longa-metragem V de Vingança provoca os alunos a pensar como agir diante de uma realidade de dominação. Foi em uma sexta-feira à tarde que os alunos do 2º ano e o professor Felipe Teixeira se reuniram para imaginar como o mundo poderia ser – ou, sendo mais realistas, como poderíamos agir diante da crueza da vida cotidiana.
São complexos e diversos os mecanismos de controle a que estamos submetidos. Normas são naturalizadas, comportamentos são classificados como aceitáveis e o mundo parece funcionar sob uma lógica pré-determinada. Em tempos de algoritmos e tráfico de dados, o primeiro pensamento é: “Não é possível fazer nada! Nada vai mudar!” No entanto, o herói de nosso filme alimenta um desejo íntimo (que parece fora de moda) de transformar a sociedade em algo melhor. Entre o sonho de salvar o mundo e o desejo de preservar o próprio umbigo, parece que a segunda opção tem prevalecido há muito tempo. O que fazer? Contra quem agir? O que pensar? Em que acreditar? Quem sou eu? AAAHHHHHH!!!
Angústias tratadas pela sóbria sociedade como “juvenis” rechearam as reflexões dessa tarde provocada pelo personagem V. Que nossos jovens amadureçam, mas que as inquietações da idade não sejam reduzidas a dúvidas adolescentes. Os espaços criados pela Móbile dentro e fora dos muros da escola para refletir sobre nossas práticas e escolhas estão sempre disponíveis. Resta-nos ocupá-los e criar, a cada dia, diferentes possibilidades de ação, pensamento e reinvenção.