II Sábado Cultural da Educação Infantil da Móbile Integral
17 de setembro de 2018
No Sábado Cultural da Educação Infantil da Móbile Integral, as atividades propostas foram inspiradas no tema O diálogo entre arte e espaço urbano: um olhar para o entorno.
Ao caminharmos pela cidade com o olhar atento de quem quer descobrir detalhes e histórias, reconhecemos a arte em construções, calçadas, vielas, paredes, placas, árvores, sons, ruídos, além de encontrá-la nos grandes museus, teatros e salas de concertos. Nessa experiência, reconhecemos que, por meio da arte, a cidade fala, inspira, mostra, anuncia, declama. Ainda por meio da arte, a cidade se transforma, e os agentes dessa transformação somos nós, as próprias pessoas que nela circulam.
Dentro desse contexto, as experiências vividas em cada atividade desse evento convidaram as famílias a olhar para o nosso espaço urbano e, ao mesmo tempo, foram convidadas a brincar e transformar nossa escola por meio da arte.
As calçadas contam histórias
Nessa oficina, as famílias experimentaram a composição de mosaicos para calçadas, contando, assim, as próprias histórias.
Essa oficina foi inspirada no desenho das calçadas de São Paulo e na história particular de cada piso. É, também, uma homenagem à artista Mirthes Bernardes (Barretos, 1934), que desenvolveu os padrões a partir do mapa estilizado do estado de São Paulo, criando o icônico “Piso Paulista”. A composição de cada família transformou as escadas de nossa escola.
Faces da cidade
Os pequenos foram convidados a manipular peças de quebra-cabeças com imagens da cidade e a descobrir novas paisagens urbanas a partir de diferentes combinações.
O contato visual com essas paisagens disparou a vontade das crianças de conhecer espaços de São Paulo nunca visitados.
Vitrais contemporâneos
Para essa oficina, buscamos como referência as estruturas escultóricas do artista Tom Fruin (Los Angeles, 1974), que desenvolve suas instalações utilizando metal e acrílico multicolorido. Nessa atividade, pais e crianças compuseram os próprios vitrais, com tintas e gelatinas cênicas, e exploraram as possibilidades expressivas da cor-luz:
Trash Can Art
Alguns artistas utilizam o lixo e seus símbolos para ressignificar tanto os materiais quanto a própria ideia do que é o descarte, desenvolvendo outras possibilidades poéticas e de expressão. Para essa oficina, a inspiração foi o grafiteiro Treko (São Paulo), que intervém em caixas elétricas da cidade. Na proposta, pais e crianças fizeram intervenções em latas de lixo, que foram espalhadas por nossa escola.
Paisagens sonoras
A paisagem sonora é um gênero bastante explorado na arte contemporânea. A prática consiste em estudar e analisar o universo sonoro de nosso entorno. Nessa oficina, pais e filhos jogaram o popular Bingo, estimulados por sons e ruídos em vez de números. O intuito foi sensibilizar a percepção a partir de timbres e texturas sonoras descontextualizados do meio visual.
São Paulo inteira cabe aqui
Nessa oficina, as famílias foram convidadas a passear por São Paulo por meio de uma experiência corporal e musical.
A cidade que fala
O lambe-lambe é uma técnica de montagem e colagem de cartazes em que a cola de farinha é utilizada por cima da superfície para fixá-los às paredes. O cartaz – um grito na parede – é um meio reconhecido para a propagação de ideias e mensagens.
Os moldes de stencil dessa oficina foram inspirados em palavras trazidas pelos alunos para representar a memória e o imaginário que eles têm sobre a escola. Partindo dessas palavras, as famílias compuseram um grande painel de mensagens que foi exposto nos muros de nossa escola.
Crochê urbano
O crochê utilizado como intervenção urbana é uma prática já conhecida e aplicada por diferentes artistas. A polonesa-americana Olek (Ruda Śląska, 1978) foi uma de nossas referências para essa atividade, assim como o coletivo Agulha, que já deixou suas contribuições pelas ruas de São Paulo.
A oficina propôs a atividade de crochê aplicada ao ambiente urbano, em que as famílias fizeram uma intervenção nas árvores próximas à Móbile.