A importância das festas folclóricas
19 de julho de 2017
Durante o mês de junho, nas aulas de Educação Física, os alunos do 1º ao 5º ano discutiram sobre a importância das Festas Folclóricas como representação da cultura popular brasileira e sobre como podemos nos aproximar dessa cultura por meio das danças.
A Festa Junina tem origem multicultural e comemora a colheita, prestando uma homenagem ao homem do campo e às suas expressões (danças, brincadeiras e comidas típicas).
A escolha das danças está relacionada com o programa da Área de Educação Física, que prioriza o trabalho com ritmo e motricidade. Por isso, elas foram ajustadas ao padrão motor de cada faixa etária.
No 1º ano, por exemplo, em que se desenvolvem as estruturas manuais e podálicas (relativas ao pé), trabalhou-se a Catira (ou Cateretê), dança de influência indígena, africana e europeia cujo ritmo é fortemente marcado pelas batidas dos pés e das mãos.
Como a localização espaço-temporal é uma temática das aulas do 2º ano, foi escolhida para essa série a dança do Bumba Meu Boi, lenda do folclore brasileiro com origem no Norte e no Nordeste. Ela preconiza a ocupação do espaço com diferentes movimentações, fazendo com que as crianças se utilizem de sua memória espacial para a aquisição da sequência de movimentos.
No 3º ano, escolheu-se a dança folclórica de origem europeia Pau de Fitas, que tem relação direta com o trabalho desenvolvido nas aulas de Educação Física, as quais estimulam a percepção do outro e as produções em grupo. Realizada nas festas juninas do Sul do Brasil, a dança do Pau de Fitas propicia o desenvolvimento de uma sequência de movimentos em trios.
No caso do 4º ano, a escolha do Maculelê, mescla de dança e jogo associados à Capoeira, deve-se ao fato de a Capoeira fazer parte do currículo formal das aulas de Educação Física e ser reconhecida como primeira arte marcial brasileira. Em 2014, a Capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, na sigla em inglês).
A tradicional Quadrilha, trazida para o Brasil pelos portugueses e que teve origem na corte europeia, foi revisitada pelos alunos do 5º ano, que atualizaram sua coreografia, mas preservaram o movimento circular, a dança em pares e o trabalho num grupo maior de elementos. Nessa etapa de aprendizagem, as crianças são capazes de memorizar grandes sequências de movimentos.
Acreditamos, pois, que projetos dessa natureza permitem o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural para a construção de uma sociedade pautada em princípios de igualdade.