IX Mostra Literária da Móbile – Ensino Fundamental I
21 de agosto de 2019
Sou um apanhador de desperdícios
Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 1916, e morreu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 2014. Sua obra conta com 18 livros de poesia, além de textos infantis e relatos autobiográficos. Seu livro de estreia, Poemas concebidos sem pecado, foi publicado em 1937. Com uma linguagem simples, coloquial, vanguardista e poética, escreveu sobre temas como o cotidiano e a natureza, evidenciando seu interesse pelas pequenas coisas. Um dos recursos utilizados pelo poeta, que propõe um novo olhar para o mundo, é dar voz a essas coisas, ressignificando, assim, os seres e os objetos.
Eles passarão…
Eu passarinho!
Mario Quintana nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 1906, e morreu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1994. Sua obra conta com 21 livros de poesia e 6 livros infantis. Seu livro de estreia, A rua dos cataventos, foi publicado em 1940. Mestre das singelezas, Quintana foi também jornalista e tradutor. Sua obra poética é marcada por simplicidade e lirismo inconfundíveis, abordando, principalmente, temas como o amor, o tempo e a natureza. Era da vida cotidiana que o poeta extraía sua matéria-prima, recebendo, assim, a alcunha de “o poeta das coisas simples”.
Vamos brincar de poesia?
José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga, São Paulo, em 1926, e morreu em São Paulo, em 1998. Publicou mais de dez livros de poesia, inclusive para o público infanto-juvenil, e foi colaborador regular na imprensa literária. Destacou-se também como ensaísta e tradutor de poesia. Por meio da brincadeira com as palavras, o poeta promove um lúdico processo de interação entre o poema e o leitor, que tem de se deixar levar pelos versos, construindo seu próprio e único mundo imaginário. As palavras são, a um só tempo, instrumentos para o jogo e companhias no ato de jogar.
Eu faço versos como quem chora
Manuel Bandeira nasceu em Recife, Pernambuco, em 1886, e morreu no Rio de Janeiro, em 1968. É considerado um dos autores mais importantes do Modernismo brasileiro, tendo papel de destaque na literatura, não apenas por sua vasta obra poética, mas também pelas crônicas e traduções que produziu. De forma geral, as poesias de Bandeira se destacam pela simplicidade na escrita e pela objetividade dos versos. Seus poemas abordam ora sua angústia e medo dos problemas da vida, como a morte, ora a busca por alegria e felicidade. O poeta também retrata seu cotidiano e sua infância, explorando a nostalgia e a saudade dos tempos passados.
No meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902, e morreu no Rio de Janeiro, em 1987. Com uma extensa obra publicada, foi poeta, contista e cronista brasileiro do período do Modernismo. Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”: publicado na Revista de Antropofagia de São Paulo, em 1928, foi considerado, na época, um dos maiores escândalos literários do Brasil. Drummond aposta no verso livre, apresentando uma poesia concreta e objetiva. Com versos irônicos, seus poemas apresentam, muitas vezes, um tom ácido e sarcástico.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta
Cecília Meireles nasceu em Rio Comprido, Rio de Janeiro, em 1901, e morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 1964. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas, várias delas dedicadas ao público infantil. Também foi fundadora da primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro. Em sua obra, a autora aborda diferentes temáticas: sonhos, fantasia, solidão, padecimento, tempo e transitoriedade. O lirismo de Cecília Meireles se apresenta, em sua linguagem, por meio de símbolos, apelos sensoriais e musicalidade.
palavras
que amanhecem
Marina Colasanti nasceu em Asmara, capital da Eritreia, em 1937. Jornalista, publicitária, tradutora, artista plástica, possui mais de cinquenta títulos publicados no Brasil e no exterior, entre os quais livros de poesia, contos, crônicas, ensaios e livros para crianças e jovens. Detalhista por natureza e observadora incansável do pequeno, Marina tira grandeza das miudezas do dia a dia. A relação da autora com o poema se estende mesmo aos textos em prosa, nos quais flerta, todo o tempo, com a linguagem poética. Na literatura infantil, seus contos maravilhosos ganharam destaque: equilibrando com maestria narrativa e lirismo, a autora discute sobre temas atuais, como o consumismo desenfreado, a inveja, o egoísmo e as relações humanas.