A linguagem da Matemática para conhecer colegas e expectativas em relação ao 6º ano
5 de abril de 2011
Uma nova classe, um número maior de professores, salas-ambiente, vários livros e cadernos a serem organizados no armário, ser a turma mais nova do Fundamental II… Muitos elementos a serem conhecidos nos primeiros dias de aula do 6º ano.
Como transformar essa euforia diante de tantas novidades em objeto de conhecimento e, com isso, poder até mesmo desfazer receios e preocupações? É esse desafio que a equipe do 6º ano pretende encarar quando iniciamos o ano letivo propondo aos alunos que façam uma pesquisa com seus colegas de classe. Essa pesquisa tem o intuito inicial de aproximar os alunos, fazer com que conversem, deem opiniões e exponham seus pontos de vista. Pretendemos também, em uma etapa posterior, organizar as representações que os alunos têm a respeito do 6º ano, entendê-las e contextualizá-las.
Se procuramos com isso favorecer o convívio e a aprendizagem, pareceria estranho, tempos atrás e munidos de uma visão estereotipada, utilizar a Matemática como disciplina facilitadora dessa adaptação. Porém, compreendida também como uma linguagem capaz de expressar opiniões, a Matemática é utilizada no início do 6º ano como um recurso bastante favorável para que os alunos possam identificar e compreender suas expectativas em relação à nova estrutura escolar.
Com base nesses pressupostos é que conduzimos o Projeto do Primeiro Dia de Aula no 6º ano. Os alunos, distribuídos em grupos sorteados, entrevistam seus colegas a respeito de vários assuntos, alguns dos quais se referem a temas mais gerais:
– Bairro em que moram;
– Time de futebol favorito;
– Se possuem ou não um animal doméstico.
Outra face do projeto abordou aspectos referentes ao 6º ano e as perguntas versaram a respeito dos seguintes temas:
– As maiores preocupações com relação ao 6° ano;
– As condições que facilitam a adaptação ao 6° ano;
– A melhor forma de assistir a uma aula no 6º ano;
– A condição mais importante na convivência com os colegas.
Os gráficos, expostos ao final deste texto, refletem as predisposições desse grupo no início do ano. Sua leitura em sala de aula, com certeza, poderá fortalecer opiniões, questionar pressupostos ou, quem sabe, abrir novas possibilidades.