Memória e Infância

2 de julho de 2018


Crianças são seres brincantes. É a partir das brincadeiras que elas exploram o mundo, constituindo uma cultura criativa que produz, em meio à imaginação, fantasia e realidade, interpretações e ações sobre os seus espaços.

Mas, se as brincadeiras são a fonte de experiências das crianças com o mundo, o que o mundo tem a dizer a elas sobre as brincadeiras? Ao iniciarem seus estudos em História e Geografia, os alunos do 2º ano da Móbile Integral foram convidados a pensar: Nós, seres humanos, sempre brincamos? Será que as brincadeiras sempre foram assim? Como era a prática do brincar no passado?

Como parte desse processo investigativo, o 2º ano realizou uma saída pedagógica ao Museu da Educação e do Brinquedo (MEB), na Cidade Universitária. Em meio a brincadeiras, oficinas de brinquedos e muita experimentação sensorial, os alunos interagiram com o acervo do museu, composto pela exposição Cenas infantis, da artista plástica Sandra Guinle, e por brinquedos e jogos utilizados ao longo do século XX. Foi, sem dúvida, um momento de grande experiência lúdica, geradora de conhecimentos sobre o brincar atual e de outras épocas.

Encantados com as obras de Sandra Guinle, as turmas do 2º ano tiveram a oportunidade de receber, algumas semanas após a ida ao MEB-USP, na Biblioteca central da escola, a própria artista. A empolgação com a possibilidade de conhecê-la permeou os dias que antecederam o encontro, recheado de perguntas elaboradas pelos alunos, com o objetivo de compreender a relação entre as memórias de infância da artista e a produção de suas obras. Ao final dessa jornada, em meio à fila para autógrafos, ficou a sensação tão bem descrita pelas palavras de Guinle: entre semelhanças e diferenças do brincar no passado e no presente, o que permanece é a sua condição como “território da liberdade”.