O meu caminho eu mesmo traço?
4 de junho de 2018
Médico? Engenheiro? Ator? Engenheira agrônoma? Física? Professor? Atleta? Se nos anos 1960, 1970, 1980 já era complexo e difícil o momento de decidir que profissão seguir “para uma vida inteira”, imagine o que é isso hoje num mundo em que um médico pode ser um administrador, um engenheiro agrônomo pode ser um empresário, um físico pode ser um consultor financeiro. Para falar sobre esse novo mercado de trabalho, tão múltiplo quanto o mundo em que ele está inserido, a equipe de Orientação Profissional do Ensino Médio da Móbile convidou Maíra Habimorad.
Habimorad é presidente da Cia. de Talentos, estudou Relações Internacionais e é coach. Ela é também comentarista de carreira do programa Conta Corrente (Globo News) e tem mais de dezoito anos de experiência em recrutamento, seleção e gestão de programas de desenvolvimento de trainees, estagiários e gestores.
Na palestra, a especialista apresentou a diferença entre a vida acadêmica e o mercado de trabalho, abordou as três forças que moldam o mercado contemporâneo (digital, propósito e diversidade), mostrou que, em 1990, em Detroit, as três maiores companhias estadunidenses alcançavam a cifra de 36 bilhões de dólares, empregando 1,2 milhão de pessoas, e que, em 2014, no Vale do Silício, as três maiores empresas dos EUA valem um trilhão de dólares, empregando apenas 137 mil funcionários.
Certamente, os alunos e suas famílias presentes saíram do auditório da Móbile com muitos questionamentos, mas com a certeza de que, além da obrigatória formação técnica, os jovens precisam entender que são imprescindíveis para o sucesso profissional o desenvolvimento de competências socioemocionais e de habilidades metacognitivas.
Wilton Ormundo é diretor do Ensino Médio da Escola Móbile.