Os estilos de Picasso

26 de agosto de 2016


Em geral reconhecido mais por seu estilo cubista e por obras como Guernica (1937) e As senhoritas de Avignon (1907), o artista Pablo Picasso (1881 – 1973) produziu durante muito tempo, segundo comprovam pinturas como O homem de boné, de 1895 – quando tinha apenas 14 anos –, e o autorretrato O jovem pintor, de 1972, no qual o artista já consagrado manifesta uma simplicidade técnica conquistada. O fato é que, devido à sua ampla produção e à sua permeabilidade em relação às diferentes técnicas e estilos, o processo criativo de Picasso passou por importantes transformações ao longo do tempo. Com o intuito de se aproximar da pluralidade de sua obra e conhecer outras referências fundamentais de seu trabalho, o 9o ano visitou a exposição Picasso: mão erudita, olho selvagem, no Instituto Tomie Ohtake, composta por 116 trabalhos do mestre espanhol, sendo a grande maioria inédita no Brasil.

Primeiramente, a área de Espanhol desenvolveu com os alunos um estudo sobre o percurso estilístico de Picasso, a partir de pinturas como Busto de mulher ou marinheiro (1907), Homem com violão (1911), As banhistas (1918), Grande banhista com livro (1937) e Mulher com travesseiro (1969), com o objetivo de despertar a percepção para a diversidade técnica do artista ao longo de sua produção pictórica. Em seguida, os diferentes estilos – azul, rosa, cubista, entre outros – foram apresentados segundo a cronologia de sua obra.

Logo, os alunos obtiveram mais informações relativas à mostra com o fim de destacar alguns aspectos, como a variedade do acervo que veio do Museu Picasso de Paris e que antes pertenceu ao próprio artista, além da parte menos conhecida de sua obra, a cerâmica. Posteriormente, os dez segmentos da exposição foram estudados a partir da seleção e análise de 21 obras fundamentais, como Paul vestido de arlequim (1924), Gato agarrando um pássaro (1939) e O beijo (1969).

Por fim, uma vez na exposição, os alunos puderam contemplar a obra de Picasso a partir do percurso cronológico proposto e tiveram a oportunidade de observar temas relativos aos laços afetivos, às dúvidas do homem e aos compromissos do sujeito em sociedade – questões, enfim, que seguramente envolvem todos, artistas e espectadores.

Alexandre Fiori e Lorena Menón são professores de Espanhol.