Por que assistir ao filme “As sufragistas”?

19 de junho de 2017


O que leva o ser humano a desistir de sua vida cotidiana por uma causa política? Como se formam os movimentos sociais de direitos humanos? O que foi a desobediência civil? Com algumas dessas questões, 120 alunos dos três anos do Ensino Médio reuniram-se para discutir o filme As Sufragistas, de 2015, com três professoras do 2º ano: Fernanda (Química), Lydia (Biologia) e Teresa (História).

Nesse encontro interdisciplinar, os estudantes acompanharam a trajetória de Maud Watts, operária de uma lavanderia londrina que perde sua casa, marido e filho ao juntar-se ao movimento que lutava pelo voto feminino na década de 1910. No fim do filme, a maior surpresa é provocada pelas datas nas quais diversos países permitiram que suas cidadãs votassem: Inglaterra, 1928; Brasil, 1932; França, 1944; Suíça, 1971 – para citar alguns exemplos.

Com a mediação das três professoras, os alunos discutiram questões de gênero e a construção do movimento feminista. Questionaram também o significado de um movimento de desobediência civil, quando o diálogo – como apresentado no filme – já não é mais uma alternativa. Em oposição a essa situação, dedicaram-se ao debate inteligente, questionador e profundamente respeitoso. Souberam tratar de questões polêmicas adotando a escuta, aceitando a pluralidade de ideias e trabalhando a alteridade para perceber que, em um momento delicado como o atual, é preciso abrir-se para as muitas visões que efetivamente constroem o mundo.