Um vírus chamado Zika

27 de abril de 2016


A palestra sobre o vírus Zika, ministrada pelo professor de Biologia do Ensino Médio Rodrigo Mendes, abordou aspectos que permitiram a ampliação de conhecimentos sobre essa doença e outras epidemias.

Esse vírus é originário da África, mais especificamente da “Ziika Forest”, em Uganda. Ele veio recentemente para o Brasil, mas seu transmissor – o mosquito Aedes aegypti – chegou, provavelmente, durante o período da escravidão por meio de navios negreiros.

A transmissão desse vírus pode ocorrer, principalmente, pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Contudo, há indícios de que a transmissão também pode ocorrer por relações sexuais.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), somente em 2015 foram confirmados casos de Zika em nove países das Américas: Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

Uma estimativa do Ministério da Saúde afirma que o número de casos no Brasil pode ter variado entre 500 mil e 1 milhão e 500 mil casos. Essa dificuldade de diagnóstico se dá em razão de muitas pessoas não perceberem sintomas mais graves durante o período de contaminação e acharem que estão com uma virose qualquer.

Apesar dos sintomas relativamente comuns, o vírus Zika despertou grande preocupação por estar intimamente relacionado ao nascimento de crianças com microcefalia. No final de novembro de 2015, devido a uma alta incidência de nascimentos em alguns estados brasileiros em que o número de casos de vírus Zika também foi elevado, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre esse vírus e a microcefalia.

A associação ocorreu após um estudo que detectou a presença do Zika em amostras de sangue coletadas em um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo. Ainda não se sabe como o vírus atua nas células nervosas e quais mecanismos levam à microcefalia, mas estudos vêm sendo realizados inclusive por cientistas brasileiros.

No final da palestra, os alunos participaram de uma discussão sobre a importância de averiguar as informações relacionadas a esse vírus divulgadas por meio de aplicativos como Facebook e WhatsApp. Alertou-se que inúmeros boatos são disseminados e podem comprometer a saúde da população.