Visita ao Masp

Os alunos do 8º ano visitaram o Masp – Museu de Arte de São Paulo – para apreciar duas exposições. Na primeira, O acervo em transformação, os alunos entraram em contato com 119 obras provenientes de diversas coleções do museu, abrangendo um arco temporal que vai do século 4 a.C. a 2008.

O destaque nessa exposição é o retorno dos cavaletes de cristal. O suporte criado por Lina Bo Bardi em 1968, quando da inauguração do prédio da Av. Paulista, retira as pinturas da parede e possibilita que as obras flutuem pelo espaço expositivo.

Os alunos, ao vivenciarem essa abordagem expositiva, puderam discutir o que poderia estar por trás de tal proposta. Para eles, houve uma mudança na relação entre as obras expostas e o visitante, uma vez que destacaram a possibilidade de cada um escolher seu roteiro de apreciação das obras, como também experimentar uma liberdade de ir e vir entre elas.

Por outro lado, estranharam o fato de não encontrarem uma legenda informativa ao lado de cada quadro. Para alguns, isso deu liberdade para interpretações e possibilitou um contato mais direto com a obra. Para outros, a ausência da legenda provocou uma apreciação mais confusa.

A segunda exposição visitada foi Playgrounds 2016, um projeto de arte contemporânea com seis propostas de artistas e coletivos em torno do que é o espaço comum, o lazer, o lúdico e a participação dos públicos no museu. Assim, os alunos puderam brincar, interagir com as obras e experimentar outra relação com a arte.

Além de perceberem como cada uma das exposições visitadas dialoga entre si, uma vez que discute a relação do museu como espaço público, os alunos vivenciaram a arquitetura do Masp e identificaram sua dimensão política. Segundo o arquiteto Marcelo Ferraz, colaborador de Lina Bo Bardi em alguns de seus projetos, tudo parte do mesmo projeto: “Assim como o museu, com o seu vão livre, flutua sobre a cidade, as obras flutuam sobre a pinacoteca, numa ousadia expográfica que ainda hoje arrepia.”

A visita também contemplou um lanche no Parque Trianon e entrevistas com frequentadores da Av. Paulista sobre seu conhecimento e relação com o Masp.